Hoje aproveitamos a manhã pra comprar lembranças em San Pedro do Atacama e aproveitar pra fazer câmbio pra chegar até Santiago e lá fazer um câmbio melhor. Almoçamos, e fomos carregar as motos, que já deixamos as bagagens prontas na nossa hospedagem que já era caminho pra viagem de hoje.
Igreja de San Pedro de Atacama, construída por jesuítas espanhóis, funcionou como paróquia de 1642 a 1951, construída com adobe e madeira e revestida com madeira de cactos e couro de Lhama.
O Sol era forte e castigava as roupas de cordura pretas que fazia a sensação de calor ficar pior. Só ficava aceitável o calor a partir dos 100 km/h, onde o vento aliviava o calor.
Começamos a descer, eram retas intermináveis e por momentos vinham ondas de calor que duravam de 30 a 40 segundos. O terreno era bem plano, pequenos "tornados" se formavam e duravam 1 minuto ou 2 e desapareciam. Até Calama, dois deles se formaram próximo a estrada e atravessaram no momento que eu estava passando. O primeiro deles me pegou de surpresa, me jogou até o limite da minha faixa com o acostamento e no mesmo me jogou bem no meio da pista contrária, que pra nossa sorte naquele momento não tinha trânsito naquele trecho.
Chegamos no acesso a Calama, estava bem quente, procuramos algum posto de combustível mas não havia nada na beira da estrada. O Arthur teve a sábia decisão de voltar e entrar na cidade para abastecer, pois a moto dele tem um tanque de combustível de 13 litros o que não dá muita autonomia e não chegaria até o próximo posto. O tanque da minha moto é de 20 litros, então resolvi seguir em frente até a próxima cidade ou posto de combustível. Quando saímos de San Pedro de Atacama meu hodômetro parcial já marcava que havíamos rodados 90 km desde o último abastecimento, quando marcou 250 km comecei a ficar preocupado pois não via nem sinal de civilização por perto e com a moto carregada e com vento contra o consumo ficava mais alto. Mas felizmente, quando a estrada se uniu a outra rodovia federal, havia um posto de combustível no entrocamento e a rodovia passou a ficar duplicada. Quando abasteci o hodômetro parcial marcava exatamente 300 km rodados desde a ultima vez que zerei, quando abasteci pela última vez e felizmente ainda não havia pedido reserva.
Rodamos por mais uns 140 km, mas agora por estradas duplicadas, foi rápido e tranquilo. O vento contra havia diminuído um pouco e em seguida chegamos a Antofagasta.
Primeira vista do Pacífico
Era final de tarde quando chegamos, mas ainda deu tempo de pesquisar os preços para troca de óleo que já estava fechando o km para troca do óleo das motos. O óleo motor no Chile é o dobro do valor praticado no Brasil. Optei por trocar só o óleo, o filtro eu havia trocado na troca anterior e como estava andando só por rodovia resolvi trocar quando chegasse em casa, os preços estavam um pouco acima do que eu estava disposto a pagar.Depois da troca do óleo, fomos procurar nossa hospedagem e descansar.
Vista da sacada de nosso prédio
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