terça-feira, 16 de janeiro de 2018

3º dia - San Miguel de Tucuman a Cafayate - ARG - 228 km rodados


  Carregamos as motos e saímos cedo, decidimos rodar pouco para descansar dos dias anteriores porque o cansaço já estava começando a acumular e também porque este dia trariam muitas paisagens bonitas e pararíamos muitas vezes para tirar fotos, pois estaríamos subindo a pré-cordilheira.




Primeira parada para fotos


  A paisagem já havia mudado drasticamente e nas primeiras curvas em direção a cordilheira já dava pra sentir o ar mais gelado, característico das regiões de serra com mata fechada.



  Nos entretiamos a cada curva e quando vimos já era quase meio dia e já estávamos em Tafí del Valle, onde paramos para abastecer e comer uma pizza na conveniência do posto da YPF.

Arthur e Mariana depois do almoço em Tafí del Valle

Todos abastecidos, seguimos viagem e em pouco tempo já passávamos dos 4500 metros acima do nível do mar e não sentíamos nada, apenas o Arthur sentiu dificuldades para respirar. Já encontrávamos as primeiras Lhamas e a vegetação já passou a ser mais rala e poucos km's adiante e ela quase não existia, somente pedras e cactus.



Deixamos nosso primeiro adesivo da viagem
  
  A estrada ficou terrível para nossas motos, era impossível manter velocidades acima dos 60 km/h, o asfalto irregular por remendos desnivelados, hora com costeletas no asfalto e muitas curvas.




Cactus tomam conta da paisagem, crescem 3 cm a cada ano, imagina a idade desses?!





 O pneu comeu gastou bastante nestes últimos km's com o asfalto crespo e grosseiro. Começamos a avistar um vale a nossa frente e ao começarmos a descer surgiram as primeiras casas nesta terra inóspita. Neste vale paramos para abastecer e alongar um pouco em Amaicha del Valle.

Posto de combustível de Amaicha del Valle

  Seguimos descendo, só que agora por retas extensas e em poucos km's já estávamos na lendária Ruta 40, a Ruta Nacional 40 é uma rodovia argentina, que percorre o país de sul a norte desde a província de Santa Cruz até a divisa com a Bolívia, tornando-se desta forma a mais extensa rodovia da Argentina. A rodovia corre paralela à Cordilheira dos Andes, incluindo trechos próximos ou em Parques Nacionais. Percorre várias das regiões turísticas e dos atrativos mais importantes do território argentino. A rodovia percorre 5224 km: começando ao nível do mar, atravessa 20 parques nacionais, 18 importantes rios, conecta 27 passos de montanha na cordilheira e sobe aos 4895 metros de altitude no passo de montanha denominado Abra del Acay, na província de Salta.
  Como a legendária U.S. Route 66 dos Estados Unidos, a ruta 40 é um emblema da Argentina. Esta rodovia cruza 11 províncias: Santa Cruz, Chubut, Rio Negro, Neuquén, Mendoza, San Juan, La Rioja, Catamarca, Tucumán, Salta e Jujuy.


  Em seguida começaram a surgir os parreirais das vinícolas de Cafayate. Entramos na cidade e fomos procurar um posto da YPF para pegar internet para procurar onde ficar, pois não havíamos reservado nada.
  
Parreirais de Cafayate

  Visitamos algumas hospedagens mas não gostamos de algumas e outras eram muito caras pelo que ofereciam, até que voltamos para a praça principal da cidade onde havíamos visto uma outra moto com placa brasileira e com bagagens, paramos para conversar e conhecemos o Zanetti de Curitiba, que viajava pela região com sua Honda CB 500 X. Enquanto conversávamos chegou uma outra moto com bastante bagagem, era um colombiano que acabei esquecendo o nome, estava indo para o Ushuaia. O Zanetti também não havia reservado nada e estava procurando onde ficar.
  O tempo estava ficando curto, pois quando chegamos em Cafayate a tardinha já se anunciava e restavam poucas horas de sol ainda, felizmente depois de umas duas horas depois de nossa chegada já estávamos instalados em um hotel e pra nossa surpresa ainda tinha piscina, que conseguimos aproveitar um pouco antes de ficar muito frio.

Cafayate

Praça central de Cafayate

   Saímos para comer algo e acabamos comendo uns empanados em um restaurante na volta da praça central. Em um mercado compramos dois litros de cerveja Salta para bebermos no hotel e um pacote pequeno de folhas de coca para o mal da altitude no dia seguinte.


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