quarta-feira, 17 de janeiro de 2018

5º dia - Tilcara a San Pedro de Atacama - CHL - 452 km rodados


  Depois do café da manhã saímos a caminhar por algumas quadras de Tilcara para tirar mais algumas fotos da cidade. Carregamos as motos e pegamos a estrada, pois ainda tínhamos uma aduana para passar, alem das paradas para tirar fotos, pois o caminho seria único e de rara beleza.
  Paramos na beira da estrada em Purmamarca e em cima da moto mesmo tiramos mais umas fotos do "Cerro das Siete Colores".








  Começamos a subir a "Cuesta de Lipan", um trecho da estrada muito bonita e com belos mirantes, mas estavam arrumando alguns trechos montanha acima e algumas curvas estavam sem asfalto, diretamente na terra e pedras, mas a terra estava bem compactada e não oferecia riscos a estabilidade, mas havia alguns buracos.








  Após subir a montanha a beleza é de tirar o fôlego, literalmente, pois já ultrapassava dos 4100 metros acima do nível do mar e a respiração ficava mais curta. Já tínhamos estado em altitude maior e sem sentir nada, bem provável que a causa fosse de não termos acatado as dicas de aclimatação nas alturas e acabamos ingerindo álcool, pois tínhamos caído na tentação de tomar um vinho na noite anterior. Ao começar a descer a montanha, pelo outro lado, já dava pra ver as "Salinas Grandes".
  Paramos no salar para tirar mais algumas fotos.

Primeira vista das Salinas Grandes


Tentando tirar uma boa foto, hehehe



Aproveitando o pouco trânsito do local




Há uma placa indicando a direção e distância de algumas cidades do mundo e da Argentina, como Roma, Nova York, Tóquio, Ushuaia... Há vários artesões com objetos feitos de sal e pedras da região. As mesas, bancos e casinhas do artesãos são todas feitas de blocos de sal.


Esculturas de sal

Tomei as pílulas encolhedoras do Chapolin





Extração de Sal

Trecho do salar com uma lâmina de água que distorce nossa percepção do horizonte


  Na aduana foi tranquilo e relativamente rápido. A aduana está agora integrada, se faz a saída da Argentina juntamente com a entrada do Chile e vice-versa. Haviam dois ônibus de turistas fazendo os mesmos trâmites, mas os guardas os fizeram todos ficarem em uma única fila e usarem os mesmos guichês, quando fomos pegar informações, havia um guichê livre pra quem vai de veículo pequeno. Depois de seis guichês, já estávamos com a documentação pronta e aguardando na rua o policial para olhar as bagagens. Conferiu se não estávamos com alguma fruta, sementes ou qualquer coisa natural e produtos industrializados com pacote aberto também não podem passar.
  Passamos a aduna e começa uma subida cheia de curvas, após subir uns bons metros acima do nível do mar encontramos a placa dando boas vindas ao "Paso Jama", a moto como em outras ocasiões em que passamos dos 4500 metros acima do nível do mar, ficou sem lenta, se soltasse o acelerador ela apagava, mas esse foi o único sintoma que percebi nela, a perda de potência já é algo natural não foi surpresa porque todos relatos que li houve perda de potência.
  O deserto é muito árido mas de muita beleza. Comentei com a Laísa que no trajeto entre Cafayate a Salta e agora de Tilcara pra cá, que a paisagem era tão bonita e farta que era impossível descrever e até mesmo fotografar tudo. De todas as fotos que vimos na internet e das que tiramos só servem para termos uma noção da beleza da região, somente estando lá para contemplar tanta beleza.









Vicuñas pelo deserto













  Por duas vezes meu GPS acusou que estávamos acima dos 4800 metros acima do nível do mar. Os sintomas em altitudes elevadas varia de pessoa para pessoa, já li vários relatos de pessoas no paso Jama que sentiram  forte dor de cabeça, tontura, outras pessoas chegaram a vomitar e teve caso de desmaios. Esta era nossa preocupação, de como nossos corpos iriam reagir  a altitude, mas felizmente não sentimos nada, apenas dificuldade para respirar em alguns momentos por causa do ar rarefeito.
  Comecei a notar um vulcão ao longe e conforme o tempo e a quilometragem ia passando passando tive a certeza de que estávamos chegando, era o imponente vulcão Licancabur, vizinho de San Pedro do Atacama. Paramos para tirar umas fotos e aproveitei para tirar umas fotos das Lhamas que pastavam próximas, pois até agora já tinha visto algumas, mas não havia tirado nenhuma foto delas.

Lhamas perto de San Pedro de Atacama

Vulcão Licancabur





Foto ao pé do vulcão Licancabur

  Por fim chegamos a San Pedro de Atacama, depois de passarmos pelo vulcão, descemos mil metros de altitude em menos de 20 km.
   Para otimizar o tempo, fomos direto fazer câmbio, comprar comida e já reservarmos o passeio do geysers del Tátio com uma agência. Apesar da estrada ser tranquila para fazermos de moto, optamos por fazer com agência pois o melhor momento do dia para se observar os geysers é pela manhã cedo, antes do sol nascer, então teríamos que sair de moto umas 4 horas da manhã para percorrer os 90 a 100 km até lá e com temperaturas abaixo de zero. Para ficar mais comodo optamos pela agência. Tentamos contratar o Tour astronômico, mas poucas agências estavam fazendo pois era lua cheia e diminuía muito a visibilidade das estrelas, então acabamos desistindo.

Visão do Licancabur da porta da nossa barraca

Nossa hospedagem em San Pedro de Atacama

Nenhum comentário:

Postar um comentário