Colonia del sacramento e Montevidéu - Uruguai - 1711 km rodados

   Estrategicamente posicionada ás margens do Rio da Prata, a graciosa cidade de Colonia del Sacramento, no Uruguai, convida a uma viagem no tempo. Com ruas de paralelepípedos, casas feitas de pedra e barro com telhados em duas ou quatro águas, paredes ladrilhadas e luminárias de vidros amarelos mantém, desde 1995, o posto de patrimônio Cultural da Humanidade pela Unesco.
  Saímos de casa na sexta-feira e ficamos em na cidade de Arroio Grande-RS na casa de um amigo, que fica a menos de 40 km da fronteira, para diminuir um pouco a quilometragem a ser rodada no dia seguinte.

1º DIA

   Saímos de Arroio Grande por volta das 7hs da manhã de sábado, rumo a aduana entre Jaguarão-BR e Rio Branco-UY.

Muitos carros antigos, andando e nos ferros velhos pelo caminho

Cidade de Santa Lucia-UY

San Jose-UY

Estradas excelentes!

Famosa estrada de Colonia del Sacramento com seus coqueiros.

Ainda chegamos a tempo de curtir o por-do-sol.

Buquebus, que faz a travessia até Buenos Aires-AR

Ninguém é de ferro, rsrsrsrs

2º Dia

     Fazer um percorrido por este bairro é o principal objetivo com o que chegam os turistas à cidade mais antiga do Uruguai. Trata-se do setor mais antigo da localidade situado ao sul da mesma, que fora habitado por portugueses e espanhóis nos últimos anos do século XVII. Na atualidade se mantém com a mesma estrutura que em seus primeiros tempos, pelo qual se podem encontrar edificações muito antigas, e em alguns casos ruínas das mesmas.

  Saímos para conhecer um pouco da cidade, por ser Domingo, muitos dos museus já estavam fechados, então ficaram pra próxima vinda!

   Dos edifícios antigos que se podem encontrar é a Basílica del Santísimo Sacramento, também conhecida como Iglesia Matriz, que se encontra sobre a Rua Vasconcellos ao lado da praça. É considerada a mais antiga do país, já que foi fundada em 1680. Esta igreja foi testemunha de vários atos de guerra, os quais geraram múltiplos danos que determinaram que fora restaurada em numerosas ocasiões.

    Outra das coisas que se podem observar no Casco Histórico é a denominada Casa del Gobernador, que consiste em um conjunto de ruínas, cimentos de pedras e outros objetos do período lusitano que se encontraram logo de uma escavação. Devido às características destas ruínas acredita-se que se trata de uma moradia digna de um Governador.

    Esta cidade foi fundada em 1680 pelas tropas portuguesas lideradas por Manuel Lobo, que se assentaram sobre as costas do Río de la Plata. Neste momento os reinados de Portugal e da Espanha se encontravam em grandes conflitos bélicos, gerados pela intenção de ambos os países de estender seu poderio sem respeitar acordos bilaterais.

  Como consequência das diferencias existentes entre ambas as nações, Colonia del Sacramento foi testemunha desde seus primeiros dias de uma enorme quantidade de enfrentamentos entre exércitos europeus, que tiveram à cidade em conflito durante muitos anos.

   No começo Colonia era propiedade dos portugueses, mas poucos meses depois os espanhóis sabendo da presença deles chagaram ao lugar para tirá-los, conseguindo seu objetivo e ficando com a cidade. Assim a atual localidade uruguaia foi mudando de “dono” em varias ocasiões, até que em 1816 se deu a invasão lusa brasileira que trouxe como conseqüência que fora dominada pelos brasileiros.

   Todas estas disputas pelo domínio de Colonia terminariam em 1825, quando se proclamara a Declaratoria da Independencia que determinava que a República Oriental de Uruguay se separara do que nesse momento era a Provincia Cisplatina. Como consequência o Uruguai ficou com a propriedade do que é hoje a cidade mais antiga do país considerada “Patrimônio da Humanidade”.

   Hoje em dia só fica a lembrança daqueles momentos históricos, que re vivem cada vez que se visita esta localidade do país, que ainda conserva os edifícios mais importantes desses tempos de guerra onde espanhóis e portugueses se enfrentaram em muitas oportunidades.

   Uma vez passado o portão (que hoje em dia não é o único acesso á cidadela) se pode chegar rapidamente a “calle de los suspiros”, uma das mais famosas da cidade que ao igual que as outras do bairro é muito estreita e está pavimentada com pedras. O mais atrativo desta Rua é sua história, já que segundo a lenda popular leva esse nome devido a que esse setor era o último que percorriam os escravos antes de serem executados.

   Dentro do bairro mais antigo da cidade, também conhecido como “Casco Histórico” se podem encontrar vários lugares históricos como “o portão da cidadela”, do qual se desprendem duas muralhas que serviam de proteção para a cidade. A mesma se acede após atravessar uma ponte de madeira, que conduz diretamente à praça principal do Bairro Histórico.

   Também podemos apreciar o faro que se encontra sobre a Punta de San Pedro, que consiste em uma torre pintada de branco sobre ruínas do Convento de San Francisco Javier. O mesmo foi construído em 1857 e tem uma altura de 34 metros sobre o nível do mar.

Feira de pulgas em Colonia

Um almoço de leve!

   Conhecida oficialmente como a Plaza Real de San Carlos, este ponto turístico soube ser o principal centro de atração da cidade coloniense, conseguindo que chegara grande quantidade de pessoas de Buenos Aires e Montevidéu em seus tempos de gloria. Por tal motivo a continuação faremos um breve resenha da história da Plaza de Toros, para que quando visitem Colonia saibam o que aconteceu com essa espécie de monumento que hoje se encontra em ruínas.

   A idéia da construção da praça foi de investidores argentinos que se encontravam radicados em Buenos Aires, que ante a postura contraria do governo do seu país à pratica destas atividades puseram a mira em Colonia. Para isso primeiro negociaram com empresários uruguaios, sobre tudo de Montevidéu, fato que determinou que finalmente em 1908 começassem as obras.

   A praça se construiu com uma arquitetura mudéjar (de origem muçulmana), tendo uma areia em forma circular que ao dia de hoje se encontra coberta de pasto. A mesma esta rodeada por uma tribuna de cimento que lhe da ao estádio taurino uma forma cilíndrica.

   A inauguração foi no dia 9 de janeiro de 1910, no marco de uma gala que nada tinha que invejar às melhores corridas da Espanha. Ali ante 10.000 espectadores que chegaram de todas as partes, principalmente de Montevidéu e Buenos Aires, se realizou o primeiro de 8 espetáculos, já que esta atividade no Uruguai teve pouca duração.

   Nos poucos anos que se realizaram os espetáculos os mesmos atraiam às famílias mais ricas, tanto do Uruguai como da Argentina. Os turistas chegavam de buques de vapor com destino final o cais Real San Carlos, que se encontra a poucas quadras da praça. Quando desciam do barco subiam a carretas ou carros que os levavam até a entrada da praça ou às casas de apostas da zona.

   Contudo, como falávamos anteriormente a alegria permaneceu por pouco tempo para os amantes das corridas, já que dois anos depois da inauguração, uma lei estabelecida pelo governo uruguaio proibiu este tipo de espetáculos em todo o país. A última corrida foi no ano 1912. Desde esse dia a Plaza de Toros ficou abandonada, estando em ruínas ate hoje, sendo um dos principais atrativos turísticos da cidade.

Imagens da internet

Imagens da internet, pois o local não recebe mais visitas por estar em ruínas e correr riscos de desabamentos.

Imagens da internet

   Saímos as 14hs de Colonia runo a Montevidéu, para no dia seguinte retornar para casa, infelizmente!

   A caminho de Montevidéu novamente, pois já havia visitado duas vezes, mas de carro.

   O amigo Nestor, nos conhecemos em um encontro de motos no início do ano, foi nos encontrar no Hotel em que estávamos hospedados.

Matias, filho do Nestor, grandes figuras!

Já que ninguém é de ferro mais uma cerveja pra acompanhar uma pizza na capital Uruguaia.

3º Dia

   Foi o retorno, mas antes de Punta del este o tempo ficou feio e pegamos muita chuva, então não para tirar fotos do retorno!

Até a próxima!